Estudos Teol. Sistemática

TEOL. SISTEMÁTICA - Perguntas e respostas objetivas com referencias bíblicas. 

Bibliologia - Estudo sobre a Palavra de Deus

  1. O QUE É REVELAÇÃO? É a comunicação da verdade divina de Deus para a humanidade.
Há duas classificações básicas de revelação: Geral e Especial 
Geral: Deus se revelando a todas as pessoas de todos os  tempos e lugares 
Meios de revelação geral: A natureza, A história – (Sl 19:1 e Rm 1:20) 
Especial: Deus se revelando de forma particular às pessoas especifica, em época especifica que hoje só é possível pelos escritos sagrados. 
Meios de revelação especial: Eventos históricos,  Discursos divinos – (Ez 12:1 e Hb 1:1-2). 

  1. O QUE É INSPIRAÇÃO? É a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro. (Is 51:15-16). 
A inspiração vista nos três prismas:
Ortodoxia: A bíblia É a Palavra de Deus – foi inspirada verbalmente... escrita por inspiração de Deus. 
Modernismo: A bíblia CONTÉM a Palavra de Deus – Partes são divinas, outra parte é humana e apresentam erros. 
Neo-Ortodoxia: A bíblia TORNA-SE a Palavra de Deus – Quando há um encontro entre Deus e o homem. 
  1. O QUE É INERRÂNCIA? É a doutrina segundo a qual, em sua forma original, a Bíblia está totalmente livre de contradições, incluindo suas partes históricas e científicas. (Sl 19:7-9 e 2 Tm 3:16). 
  1. O QUE É ILUMINAÇÃO? O Espírito Santo concede aos cristãos a capacidade intelectual de poderem compreender o que foi inspirado e revelado nas Escrituras Sagradas. (1Co 2:24  e 1Co 1:18).

  1. AS QUATRO CARACTERISTICAS DAS ESCRITURAS

Autoridade: As Escrituras é a Palavra de Deus, de modo que não crê desobedece a Deus(Jr 1:9).
Clareza: A Bíblia esta escrita de modo tal que seus ensinamentos podem ser compreendidos por todos os que a lerem buscando o auxilio de Deus. (Dt 6:6-7 e Mt 22:29).
Coerência ou Necessidade: A Bíblia é necessária para conhecer o evangelho, para conservar a vida espiritual e para conhecer a vontade de Deus. (Rm 10:13-17 e Mt 4:4).
Suficiência: As Escrituras são suficientes, porque todas as palavras divinas que Deus quis dar ao seu povo em cada estágio da historia da redenção e que hoje contem todas as palavras de Deus que  precisamos para salvação. (2 Tm 3:15). 

Teontologia – Estudo de Deus 

A existência de Deus pode ser dada em duas partes. 
1ª  - Intuição humana de Deus: Todas as pessoas de qualquer lugar tem uma profunda intuição intima de que Deus existe, que são criaturas de Deus, e que Ele é o seu criador. (Rm 1:21, 25) 
2ª – Crendo nas Evidencias das Escrituras e da Natureza: As provas estão disseminadas por toda a bíblia. (Sl 119:1-2 e At 14:17). 
SUAS NEGAÇÕES: As Escrituras também reconhecem que algumas pessoas negam essa intuição intima de Deus e chegam mesmo a negar a existência de Deus. (Sl 53:1 e Rm 1:28).
1ª  – A absoluta negação da existência de Deus: Os ateus práticos (religiosos) e os teóricos (intelectuais). 
2ª –  Falsos conceitos atuais de Deus que envolvem negação do verdadeiro Deus: conceitos teísta de Deus.
  1. Um Deus imanente e impessoal – O deísmo retirou Deus do mundo, e deu ênfase à sua transcendência, em detrimento da sua imanência.
  2. Um Deus finito e pessoal – O pluralismo que tem por objetivo propagar um deus limitado e pessoal, como politeísmo e o henoteísmo.
  3. Deus como personificação de uma simples ideia abstrata – A teologia liberal o considera como um símbolo, um processo cósmico, uma projeção da mente humana.

O LUGAR DE DEUS NA DOGMATICA – Estudo sistemático do conjunto das verdades reveladas por Deus.  
A consciência religiosa do homem substituiu a Palavra de Deus como à fonte da teologia. A fé  na Escritura como autorizada revelação de Deus foi desacreditada, e a compreensão humana, baseada na apreensão emocional ou racional do homem, tornou-se o padrão do pensamento religioso. A religião gradativamente tomou o lugar de Deus como objeto da teologia. O homem deixou de ser ou de reconhecer o conhecimento de Deus como algo que lhe foi dado na Escritura e começou a orgulhar-se de ter a Deus como seu objeto de pesquisa. No curso do tempo tornou-se comum falar do descobrimento de Deus feito pelo homem, como se o homem alguma vez o tivesse descoberto; e toda descoberta feita nesse processo foi dignificada com o nome de “revelação”. Deus vinha no final de um silogismo, ou como o último elo de uma corrente de raciocínio, ou como a cumeeira de uma estrutura de pensamento humano. 

O SER DE DEUS
É evidente que o Ser de Deus não admite nenhuma definição científica. Para dar uma definição lógica de Deus teríamos que começar fazendo pesquisa de algum conceito superior, debaixo do qual Deus pudesse ser coordenado com outros conceitos; e depois teríamos que expor as características aplicáveis exclusivamente a Deus.  
Só é possível uma definição analítico-descritiva. Esta simplesmente menciona as características de uma pessoa ou coisa, mas deixa sem explicação o ser essencial. E mesmo uma definição dessas não pode ser completa, mas apenas parcial, porque é impossível dar uma descrição de Deus positiva exaustiva (como oposta a uma negativa). Constituiria numa enumeração de todos os Atributos de Deus conhecidos, e estes são, em grande medida, de teor negativo.
A Bíblia nunca opera com um conceito abstrato de Deus, mas sempre O descreve como o Deus Vivente, que entra em várias relações com as Suas criaturas, relações que indicam vários atributos diferentes.
A que mais se aproxima de uma definição na Bíblia, é João 4.24. “Deus é espírito; e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. 

O SER DE DEUS REVELADO EM SEUS ATRIBUTOS 
Deus e seus atributos são um. Não devemos considerar os atributos como outras partes que entram na composição de Deus, pois assim são os homens. Deus é  eternamente perfeito.  
Não se separa a essência divina dos atributos ou perfeições de divinas. Os atributos são qualidades inerentes ao Ser de Deus.  

OBRAS E OS DECRETOS DE DEUS – A criação, A Graça comum, A Providencia, Os Milagres, A Vontade de Deus, A Aliança.                                   
A criação – é o começo e a base de toda a revelação divina, o fundamento de toda vida ética e religiosa. (Hb 11:3). Prova bíblica da criação (As provas estão espalhadas por toda bíblia) 
- A Onipotência de Deus na obra da criação (Is 40:26, 28).
- Sua exaltação acima da natureza como Deus grandioso e infinito (Sl 90:2 e At 17:24).
- À sabedoria de Deus na obra da criação (Is 40:12-14).
- A criação do ponto de vista da sabedoria e do propósito de Deus na criação (Is 43:7 e Rm 1:25).
- A criação como a obra fundamental de Deus (Ne 9:6) etc... 
A Graça comum – É a graça de Deus para todas as pessoas, não restrita aos crentes. 
- Domínio Físico – Os incrédulos continuam vivendo neste mundo unicamente por causa da graça comum de Deus (Mt 5:44-45).
- Domínio intelectual – É fato que todas as pessoas têm um conhecimento de Deus (Rm 1:25).
- Domínio Moral –  Deus limita as pessoas para que não sejas tão más quanto poderiam ser. Se elas persistirem em aderir ao pecado, Deus as “entregará” ao maior de todos os pecados (Sl 81:12 e Rm 1:24, 26, 28).
- Domínio Criativo – Deus dá talentos para os artistas, atletas, dão domínio físico e intelectual, as bênçãos são derramadas sobre os incrédulos abundantemente, tudo é pela graça de Deus.
- Domínio religioso – A graça comum produz algumas bênçãos aos incrédulos. Jesus ordena “Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem”  (MT 5:44) e que sejamos específicos (1Tm 2:1-2).

A graça comum não salva as pessoas – ela é diferente da graça salvifíca. Não transforma e nem conduz ao arrependimento e à fé. A graça comum só reprime o pecado, mas não muda nada, nem purifica a natureza humana decaída (Rm 14:23).  
A Providência - Providência significa que nada acontece por acontecer. Não existe tal coisa como acaso ou sorte (Mt. 10:29-30). Todas as coisas são obras de Deus. Mesmo os atos pecaminosos dos ímpios e a atividade do diabo estão completamente sob o controle de Deus (Ex. 4:21). 
Os Milagres – É um gênero menos comum da atividade divina, pela qual Deus desperta à admiração e o espanto das pessoas, dando testemunho de si mesmo. Intervindo diretamente no mundo, para tanto utiliza três conjuntos de termos:
- “Sinal” – que significa algo que aponta ou indica outra coisa, especialmente a atividade e o poder de Deus.
- “Prodígio” – um evento que deixa as pessoas assombradas ou perplexas.
- “milagre” ou “poder miraculoso” – ato que exibe grande poder divino (Êx 7:3 e Rm 15:19). 
Os milagres não estavam restritos aos apóstolos (Mc 16:17-18). No decorrer da historia o Espírito Santo de Deus deu graça aos fieis operando milagres na igreja (1Co 2:4-5). 
A Vontade de Deus – é o atributo pelo qual Ele aprova e decide executar todo necessário para a existência e atividade de si mesmo e de toda a criação. Escolhendo assim o que fazer e do que não fazer.  
  1. Vontade Geral – A Bíblia indica a vontade de Deus como razão definitiva ou absoluta para qualquer coisa que acontece. (Ef 1:11).
Distinções nos aspectos da vontade de Deus:
    1. Vontade necessária de Deus – Tudo que tem obrigatoriamente de desejar conforme a sua natureza. E o que necessariamente deseja? Deus deseja eternamente ser, quer ser, quem ele é e o que ele é. Como está escrito em (Êx 3:14). “Eu sou o que Sou”.
    2. Vontade livre ou livre árbitro de Deus – Deus decidiu desejar sem necessariamente ter de desejar conforme a sua vontade. Deus decidiu criar o universo e nos resgatar para sua glória (Ap 4:11).
  1. Vontade secreta e vontade revelada – A distinção entre os vários aspectos da vontade de Deus de fato transparece com nitidez em muitas passagens das Escrituras. (Dt 29:29). Estes decretos só nos são revelados em profecias sobre o futuro.

A Aliança – É um acordo imutável e divinamente imposto entre Deus e o homem, que estipula as condições do relacionamento entre as partes. O essencial são as promessas: (Jr 31:33 e 2Co 6:16).  
  1. Aliança das Obras –  Tudo indica que havia um acordo entre Deus e o homem. Deus fala a Adão e lhe dá mandamentos (Gn 1:28-30). Os requisitos estão definidos em (Gn 2:16-17).
  2. Aliança da Redenção – As escrituras deixa claro que todo esse plano especifico tinha o propósito de Deus para obter nossa redenção (Hb 2:10, 11, 14, 15).
  3. Aliança da Graça – O homem falhou na aliança das obras, Deus então criou o novo caminho, uma nova aliança (Hb 8:6; 9:15; 12:24).

As alianças de Deus
  1. Aliança Edênica – (Gn 2:16)
  2. Aliança Adâmica – (Gn 3:15)
  3. Aliança Noética – (Gn 9:16)
  4. Aliança Abraânica  (Gn 12:2)
  5. Aliança Mosaica (Êx 19:5)
  6. Aliança Davidica (2Sm 7:16)
  7. A nova ALIANÇA (Hb 8:8)
 Teontologia – Estudo de Deus 

OS DECRETOS DE DEUS – São: Geração, filiação, espiração.  

O decreto divino é  somente um – Falamos dos decretos de Deus no plural, mas em sua própria natureza o decreto é somente um único ato de Deus.
Características do Decreto Divino 
1 –  TEM SEU FUNDAMENTO NA SABEDORIA DIVINA – (Sl 104:24)
  1. – É ETERNO – (At 15:18 e Ef 1:4)
  2. – É EFICAZ – (Nada pode frustrar o seu propósito)
  3. – É IMUTAVEL - (Jó 23:13, 14 e Sl 33:11)
  4. – É INCONDICIONAL OU ABSOLUTO – (At 2:23 e Ef 2:8)
  5. – É UNIVERSAL OU TOTALMENTE ABRANGENTE – Tudo esta sob seu controle (Ef 1:11); inclui: as boas ações, (Ef 2:10); seus atos iníquos, (Pv 16:4); os meios bem como o respectivo fim, (2Ts 2:13); a duração da vida do homem, (Sl 39:4); e o lugar da sua habitação, (At 17:26)
  6. - COM REFERENCIA AO PECADO, O DECRETO É PERMISSIVO – É costume que Deus permite o mau moral. Por seu Decreto, Mas não devemos pensar que Deus não esta no controle. Permite com absoluta certeza o ato pecaminoso futuro, em que Deus determina:
  1. Não impedir a autodeterminação pecaminosa da vontade finita; e
  1. Regular e controlar o resultado dessa autodeterminação pecaminosa (Sl 78:29 e At 17:30).

Angeologia – Estuda os anjos e sua missão.  

Anjos – são seres espirituais criados, dotados d juízo moral e alta inteligência, mas desprovidos de corpos físicos. Criação –  A Bíblia esclarece a criação (Sl 148:2; 5 e Cl 1:16). Em, (Jó 38:7) ensina que eles estavam presentes na fundação do mundo.
QUANTO A SUA NATUREZA
Os anjos são seres espirituais e incorpóreos (Hb 1:14); Não tem carne e ossos (Lc 24:39); não se casam (Mt 22:30); podem estar presente em grande numero em espaço limitado (Lc 8:30); são invisíveis (Cl 1:16); são limitados e finitos, não podem estar em dois ou  mais lugares ao mesmo tempo.  
– São seres racionais, morais e imortais - são dotados de inteligência e vontade (2Sm 14:20 e Ef 3:10); São superiores aos homens em conhecimento (Mt 24:36); tem natureza moral, são recompensados pela obediência e punidos pela desobediência, são chamados “santos anjos” (Mc 8:38 e Lc 9:26); os que caíram são chamados mentirosos e pecadores (Jo 8:44 e 1Jo 3:8-10); formam o exercito de Deus, sempre prontos a fazer o que o Senhor mandar (Sl 103:20 e Cl 1:16); os anjos maus, caídos formam o exercito de Satanás, empenhados em destruir a obra do Senhor, (Lc 11:21 e 1Pe 5:8). 
Seu numero: é mencionado como exercito (Dt 33:22); Legião de 3 a 6 mil (Mc 5:9, 15); ao redor do trono, milhões e milhões e milhares de milhares (Ap 5:11). 
Suas ordens: Estão organizados de algum modo, são chamados de mensageiros ou servos (Jó 1:14); são chamados filho de Deus (Jó 1:16 e Sl 29:1); espíritos (Hb 1:1); santos (Sl 89:5); Contudo há nome específicos que indicam diferentes classes de anjos:
  1. Querubins – Guardam a entrada do paraíso (Gn 3:24); observam o propiciatório (Êx 25:18 e Hb 9:5); e constituem carruagem para Deus descer a terra (2Sm 22:11 e Sl 18:10).
  2. Serafins – São servidores do trono do Rei Celestial, cantam louvores, são anjos poderosos com seis asas (Is 6:2, 6).
  3. Principados, potestades, tronos e domínios – existe a classe de anjos principados e potestades (Ef 3:10 e Cl 2:10); tronos (Cl 1:16); domínios (Ef 1;21); e poderes (1Pe 3:22)
  4. Gabriel e Miquel – Gabriel é um dos anjos que se acham diante de Deus (Ap 8:2 conf Lc 1:19); o anjo Miquel aparece lutando contra o diabo (Jd 1:9)

Oficio dos anjos bons: Louvam a Deus, comunicam-nos sua mensagem, ministram para nós, julgam e participaram da 2ª vinda de Jesus (Mt 25:31); os anjos bons são incapazes de pecar e chamados anjos de luz (2Co 11:14); sempre contemplam a face de Deus (Mt 18:10); servem-nos de exemplos na pratica da vontade de Deus (Mt 6:10); e tem vida imortal (Lc 20:36).  
Anjos Maus – Noções gerais de Satanás e seis demônios (são anjos maus que um dia foi bom). 
Quando Deus criou o mundo, criou também os anjos e naquele momento não tinha anjos maus e nem demônios (Gn 1:31) Mas já em (Gn 3:1-5), vemos satanás, na forma de uma serpente, tentava Eva ao pecado. Neste período houve uma rebelião e muitos anjos se voltaram contra Deus e se tornaram maus. 
Satanás e nome do chefe dos demônios (Jó  1:6); Tenta a Jó, e o próprio Jesus (Mt 4:10).  A Bíblia usa outros nomes para Satanás “Diabo” (Mt 4:1 e Ap 12:9), “Serpente” (Gn 3:1 e 2Co 11:3); “Belzebu” (Mt 10:25); “Príncipe deste mundo” (Jo 12:31); “príncipe da potestade do ar” (Ef 2:2); ou “maligno” (Mt 13:19). 
Atividade de Satanás e seus demônios:
  1. Satanás originou o pecado – antes de qualquer homem (na forma de serpente: Gn 3:1-6); “foi homicida desde principio” (1Jo 3:8) e é “pai da mentira” (Jo 8:44); O diabo deu origem ao pecado.
  2. Os demônios se opõem a obra de Deus, tentado destruí-la – levou Eva a pecar, tentou a Jesus pecar para falhar em sua missão de messias (Mt 4:1-11); Sua tática é a mentira (Jo 8:44); o engano (Ap 12:9); o homicídio (Sl 106:37); Cegam as pessoas espiritualmente (2C 4:4);
  3. Contudo, os demônios estão limitados pelo controle de Deus e tem poder restrito – Só faz o que Deus permite (Jó 1:12,; 2:6); Os demônios são mantidos em “algemas eternas” (Jd 1:6) e os cristãos podem resistir-lhes por intermédio da autoridade que Cristo nos deu (Tg 4:7).

 Antropologia – Estudo  dos  seres  humanos  (são  à luz da revelação de Deus)

Criacionismo: Teoria que explica a origem dos seres vivos por criação. 
Criacionismo diz que Deus criou o mundo e tudo o que há nele, a partir do nada. Os criacionistas acreditam que a explicação do início do mundo dada no Gênesis, o primeiro volume do Velho Testamento, é a verdadeira explicação das origens de tudo o que vemos em nosso redor.  
Na Bíblia tem dois relatos sobre a criação do homem: (Gn 1:26-27 e Gn 2:7, 21-23). 
Em (Gn 1:1-2, 3 e Gn 2:4-25), relata criação de todas as coisas na ordem em que ocorreu e agrupa as coisas em sua relação com o homem. O homem foi colocado como o rei da criação.   
Evolucionismo:
Em sua forma mais pura, é a ideia de que este universo é o resultado de acidentes cósmicos aleatórios. A vida surgiu espontaneamente através de processos químicos, devido ao acaso, e todas as formas de vida estão relacionadas e compartilham um ancestral comum - de bananas a aves, de peixes a flores, de macacos a Adão, etc. 
Fruto de um conjunto de pesquisas iniciadas pelo legado deixado pelo cientista Charles Darwin afirma que o homem é resultado de uma longa evolução iniciada há cerca de 5 milhões de anos, desde os Hominídeos até o Homo sapiens, o qual corresponde ao homem com suas características atuais. 

A ORIGEM DA ALMA – Teorias 
O criacionismo sustenta que Deus cria uma nova alma por ocasião do nascimento de cada individuo. 
Argumento a favor do Criacionismo:
  1. O relato original da criação indica marcante distinção entre a criação do corpo e da alma. (Ec 12:7; Hb 12:9).
  2. A natureza imaterial e espiritual e, portanto indivisível, da alma do homem, geralmente admitida por todos os cristãos.

Objeção ao Criacionismo:
  1. Se essa teoria admite que a alma fosse possuída originalmente de tendências depravadas, faz de Deus o autor direto do mau moral.
  2. O pai terreno gera somente o corpo do seu filho – certamente não a parte mais importante da criança – e, portanto, não explica o reaparecimento das características morais e mentais dos pais nos filhos. 

O traducionismo afirma que a alma do homem, como o corpo, origina-se mediante reprodução. 

TEORIAS 
            Reexistencialismo – defende que as almas dos homens existiam num estado anterior.  
Argumento a favor do Traducionismo:
  1. Deus soprou uma única vez no nariz do homem, depois deixou que ele reproduzisse (Gn 1:28, 2:7).
  2. Deus cessou sua criação depois de ter feito o homem (Gn 2:2).

Objeção ao Traducionismo:
  1. Alma não se divide, a reprodução vinda do pai é impossível biblicamente falando.
  2. Os pais não criadores de almas, onde se viu isso, comparados a Deus.

A CONSTITUIÇÃO DA NATUREZA HUMANA – Dicotomia e Tricotomia 
Dicotomia – O homem consiste de duas partes distintas, corpo e alma. (Gn 2:7; Lc 23:46).
Tricotomia – A natureza humana consiste de três partes, corpo, alma e espírito. (1Ts 5:23). 
A IMAGEM DE DEUS – O que constitui? O que ocorre com a queda? Com a regeneração? O que ocorrerá com a glorificação? 
O que constitui - Da “imagem” e “semelhança” de Deus significa que fomos feitos para nos parecermos com Deus. Adão não se pareceu com Deus no sentido de que Deus tivesse carne e sangue. 
Imagem e Semelhança. Paralelismo, ou seja, significam a mesma coisa. Deus criou o homem perfeito em justiça, santidade e conhecimento (Gn 1:26). 
O que ocorre com a queda? 
Após a queda o homem continuou sendo a imagem de Deus, mas depravado totalmente perdendo seu estado original. As conseqüências do pecado no homem: morte física e espiritual, vergonha, expulso do paraíso, temor, fuga da responsabilidade e sentenças a cada um dos envolvidos. 
O 1º pecado, o resultado dele no sentido estrito da palavra, foi à depravação total da natureza humana. Manifestou-se como incapacidade espiritual (Gn 6:5; Rm 7:18) 
Perdemos a comunhão com Deus mediante o Espírito Santo. O homem perdeu a imagem de Deus no sentido retidão original. Ele rompeu com a verdadeira fonte da vida, e o resultado foi uma condição de morte espiritual (Ef 2:1, 5, 12). A morte física também foi resultado do primeiro pecado, condenado voltar ao pó (Gn 3:19). O salário do pecado é a morte (Rm 6:23). 
Regeneração: e o ato de Deus que nos torna uma nova criatura, ou seja, o novo nascimento. É uma obra exclusiva de Deus não é um processo II Co 5:17, Jo 1:12,13.
            A regeneração afeta o homem completo: o intelecto (1Co 2:14, 15); a vontade (Fp 2:13); os sentimentos ou emoções (Sl 42:1) 
Glorificação: o futuro recebimento de absoluta e definitiva perfeição (física + mental + espiritual) por todos os crentes (Rm 8:22-23; 1Co 15:41-44,51-55; 2Co 5:1-4). O passo final da aplicação da redenção. Mencionada no VT (Jó  19:25-26)  

Harmatologia – É a ciência que estuda o pecado e as suas origens e conseqüências. 

     Panorama quanto à origem do pecado no mundo angélico e na raça humana: 
      Na Escritura, o mau moral existente no mundo transparece claramente como pecado, isto é, como transgressão da lei de Deus. Nela o homem sempre aparece como transgressor e surge naturalmente a questão: Como adquiriu ele essa natureza? Que revela a Bíblia sobre esse ponto?
  1. NÃO SE PODE CONSIDERAR DEUS COMO O SEU AUTOR: Esta ideia é claramente excluída pela Escritura (Jó 34:10). Ele é o santo Deus, (Is 6.3), e absolutamente não há falta de retidão nele, (Dt 32.4; Sl 92.15). Ele não pode ser tentado pelo mal, e Ele próprio não tenta a ninguém, (Tg 1.13). Ele  odeia o pecado, (Dt 25.16; Lc 16.15),
  2. O PECADO ORIGINOU-SE NO MUNDO ANGÉLICO. Deus criou um grande número de anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das mãos do seu Criador, (Gn 1:31). Mas ocorreu uma queda no mundo angélico na qual legião de anjos se apartou de Deus. A ocasião exata dessa queda não é indicada, mas em (Jo 8:44). Jesus fala do diabo como assassino desde o princípio, e em (1Jo 3.8) diz João que o diabo peca desde o princípio.
  3. A ORIGEM DO PECADO NA RAÇA HUMANA. Com respeito à origem do pecado na história da humanidade, a Bíblia ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no paraíso e, portanto, com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado.

Conceituação bíblica do pecado – É deixar de se conformar à lei moral de Deus, seja em ato, seja em atitude, seja em natureza. “O pensamento do tolo é pecado". (Pv 24:9). "tudo o que não é de fé é pecado". (Rm 14:23). "Toda a iniqüidade é pecado?" (1 Jo 5:17). "porque o pecado é iniqüidade" (1 Jo 3:4).   
Compreensão acerca da transmissão e do pecado original: 
            Tanto a Escritura como a experiência nos ensina que o pecado é universal e, de acordo com a Bíblia, a explicação dessa universalidade está na queda de Adão. Estes dois pontos, a universalidade do pecado e a relação de Adão com a humanidade em geral, pedem consideração agora. Enquanto tem havido acordo geral quanto à universalidade do pecado, tem havido diferentes explicações da ligação entre o pecado de Adão e o dos seus descendentes. 
            A Universalidade do Pecado - Poucos se inclinarão a negar a presença do mal no coração humano, mas há muitas divergências quanto à natureza desse mal e quanto ao modo como se originou.  
            A BÍBLIA O ENSINA CLARAMENTE. Há inequívocas declarações a Escritura que indicam a pecaminosidade universal do homem, como nas seguintes passagens: (1Rs 8:46; Sl 143:2). As Escrituras ensinam que o pecado é herança do homem desde seu nascimento e, portanto, está presente na natureza humana. (Sl 51:5; Jo 3:6). Em (Ef 2:3), Paulo diz: os efésios eram “por natureza” “filhos da ira, como também os demais”. Nesta passagem a expressão “por natureza” indica uma coisa inata e original, em distinção daquilo que é adquirido. Então, o pecado é uma coisa original, da qual participam todos os homens e que os faz culpados diante de Deus. 
            O Pecado Original. 
O estado e condição de pecado em que os homens nascem são designados “pecado original”. Não é um apropriado designativo da culpa original, pois esta não é herdada, mas, sim, é-nos imputada. Chama-se “pecado original”
1) porque é derivado da raiz original da raça humana;
2) porque está presente na vida de todo e qualquer indivíduo, desde a hora do seu nascimento e, portanto, não pode ser considerado como resultado de imitação;
3) porque é a raiz interna de todos os pecados concretizados que corrompem a vida do homem. Deus não criou o homem na condição de pecador. 
OS DOIS ELEMENTOS DO PECADO ORIGINAL - A culpa original (Ef 2:3; 1Co 15:22) e Corrupção original. 
            A doutrina da depravação total: 
            Depravação total. Em vista do seu caráter impregnaste, a corrupção herdada toma o nome e depravação total. Muitas vezes esta frase é mal compreendida, e, portanto, requer cuidadosa discriminação.  
            O pecado imperdoável: Diversas passagens da Escritura falam de um pecado que não pode ser perdoado, após o qual é impossível a mudança do coração e pelo qual não é necessário orar. É geralmente conhecido como pecado ou blasfêmia contra o Espírito Santo. O Salvador fala explicitamente dele em (Mt 12.31, 32). 
             A punição do pecado:
            O pecado é coisa muito séria. Não é somente uma transgressão da lei de Deus; é também um ataque ao grande Legislador, uma revolta contra Deus. É uma infração da inviolável justiça de Deus, que é o fundamento do Seu trono (Sl 97:2), e uma afronta à imaculada santidade de Deus, que requer que sejamos santos em toda a nossa maneira de viver (1Pe 1:16). É natural que Deus visite o pecador punindo-o. Numa palavra de fundamental significação, diz Ele: “Eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem”, (Êx 20:5). A Bíblia atesta abundantemente o fato de que Deus pune o pecado, nesta vida e na vida por vir.  
A.      Punições Naturais e positivas.
            Há  punições que são resultados naturais do pecado e das quais os homens não podem escapar por serem as conseqüências inevitáveis do pecado. O homem não se salva delas pelo arrependimento e perdão. Nalguns casos elas podem ser abrandadas, e até neutralizadas, pelos meios que Deus colocou à nossa disposição, mas noutros casos elas permanecem e servem de lembranças das nossas transgressões passadas. O preguiçoso cai na pobreza, o ébrio se arruína e à sua família, o fornicário contrai moléstia repugnante e incurável e ao criminoso sobrevém pesado fardo de vergonha e, mesmo quando sai dos muros da prisão, acha extremamente difícil começar vida nova. A Bíblia fala dessas punições em (Jó 4:8; Sl 9:15). Mas há também punições no sentido mais comum da palavra e mais diretamente ligado a lei. A penalidade do pecado é o pecado. “Tudo que o homem semear isso ele ceifará” (Gl 6:7). A Bíblia fala de penalidades que em nenhum sentido são resultados ou conseqüências naturais do pecado, por exemplo, em (Êx. 32.33; Is 1.24, 28; Mt 3.10; 24.51). Todas estas passagens falam de uma punição do pecado por um ato direto de Deus. Além disso, segundo o conceito em foco, realmente não há recompensa ou punição; a virtude e o vício naturalmente incluem os seus diversos produtos.  
            B. A Natureza e o Propósito das Punições.
            A palavra punição, expiação ou pena. Denota a dor ou o sofrimento infligido em razão de algum mal praticado. Mais especificamente, pode-se definir como a dor ou perda infligida direta ou indiretamente pelo Legislador, em vindicação da Sua justiça ultrajada pela violação da lei. Origina-se na retidão de Deus, ou em Sua justiça punitiva, pela qual Ele se mantém como o Santo e necessariamente exige santidade e justiça de todas as Suas criaturas nacionais. As punições do pecado são de duas espécies diferentes. Há uma punição que é o necessário concomitante do pecado, pois, pela sua própria natureza, o pecado causa separação entre Deus e o homem, leva consigo culpa e corrupção e enche o coração de medo e de vergonha. Mas há também uma espécie de punição imposta de fora ao homem pelo supremo Legislador, como toda sorte de calamidades nesta existência e o castigo do Inferno no futuro. 
            O perdão dos pecados:
            Embora as palavras de convite pessoal pronunciadas por Cristo contenham promessas de descanso e poder para nos tornarmos filhos de Deus, além das promessas de compartilharmos da água da vida, é deixar claro o que Cristo promete aos que se achega a ele com arrependimento e fé. A principal promessa na mensagem do evangelho é o perdão dos pecados e a vida eterna com Deus.  (Jo 3:16; At 3:19; 2:38).
            Aliada à promessa de perdão e vida eterna deve estar à garantia de que Cristo aceitará todo aquele que se achega a ele com arrependimento sincero e fé buscando a salvação: (Jo 6:37). 

Cristologia - É o estudo sobre Cristo

            A pessoa de Cristo - Jesus Cristo foi plenamente Deus e plenamente homem em uma só pessoa e assim o será para sempre. 
PROVAS BÍBLICAS DA DIVINDADE DE CRISTO - No VT (Is 9:6; Jr 23:6). No NT (Jo 1:1-3; Hb 1:1-3) 
A consciência própria de Jesus. Naturalmente, não é possível ter qualquer conhecimento da consciência própria de Jesus, a não ser por meio de Suas palavras, registradas nos evangelhos; e será sempre possível negar que elas expressam corretamente o pensamento de Jesus. Para os que crêem não pode haver dúvida de que Jesus estava consciente de que era o próprio filho de Deus: (Mt 11:27; Lc 20.41-44) 
PROVAS BÍBLICAS DA VERDADEIRA HUMANIDADE DE CRISTO - (Lc 9:26; Mt 4:2) 
PROVAS BÍBLICAS DA IMPECABILIDADE DA HUMANIDADE DE CRISTO. Significa não apenas que Cristo pode evitar o pecado, e que de fato evitou, mas também que Lhe era impossível pecar, devido à ligação essencial entre as naturezas humana e divina. A Bíblia dá claro testemunho dela: (Lc 1:35;  Hb 4.15). 

            A Unipersonalidade de Cristo 
A.      Exposição do Conceito da Igreja a Respeito da Pessoa de Cristo.
            DEFINIÇÃO DOS TERMOS “NATUREZA” E “PESSOA”. O termo “natureza” denota a soma total de todas as qualidades de uma coisa, daquilo que faz uma coisa ser o que é. Uma natureza é uma substância possuída em comum, incluindo todas as qualidades essenciais da referida substância. O termo “pessoa” denota uma substancia completa, dotada de razão e, consequentemente, um sujeito responsável por suas ações. A personalidade não é parte essencial e integrante da natureza mas, é por assim dizer, o término para o qual ela tende. Uma pessoa é uma natureza acrescida de algo, a saber, uma subsistência ou individualidade independente.  
B.      Prova Bíblica da Unipersonalidade de Cristo.
A doutrina das duas naturezas numa só pessoa transcende a razão humana. É expressão de uma realidade supermental e de um mistério incompreensível, que não tem analogia na vida do homem como a conhecemos, não acha suporte na razão humana e, portanto, só pode ser aceita pela fé na autoridade da palavra de Deus.  
1.       NA ESCRITURA NÃO HÁ  EVIDÊNCIA DE UMA PERSONALIDADE DUAL. Mas não há indício nenhum. Não há distinção de um “Eu” e um “Tu” na vida interna do mediador, como a que vemos com relação ao trino Ser Divino, onde uma pessoa se dirige a outra, (Sl 2:7; Jo 17:1).
2.       AMBAS AS NATUREZAS SÃO REPRESENTADAS NA ESCRITURA COMO UNIDAS NUMA SÓ PESSOA. Há passagens da escritura que se referem às duas naturezas de Cristo, mas nas quais é mais que evidente que só se tem em mente uma pessoa, (Rm 1.3,4; Fp 2.6-11).

OS ESTADOS DE CRISTO 
A Doutrina dos Estados de Cristo em Geral. 
1. DISTINÇÃO ENTRE ESTADO E CONDIÇÃO. Em geral se pode distinguir entre estado e condição como segue: Estado é uma posição ou categoria ou “status” na vida, enquanto que condição é o modo de existência da pessoa, especialmente como determinado pelas circunstancias da vida. Os estados do Mediador são de humilhação e de exaltação.  
A.      O ESTADO DE HUMILHAÇÃO - Com base em (Fp 2:7, 8), a teologia reformada (calvinista) distingue dois elementos na humilhação de Cristo, a saber:

1) O esvaziamento, que consiste em renunciar Ele à Sua majestade do supremo Governador do universo, e assumir a natureza humana na forma de um servo; e
2) A humilhação, que consiste em haver-se Ele feito sujeito às exigências e à maldição da lei. Este estado do Salvador, (Gl 4:4 “nascido sob a lei”), reflete-se nos vários estágios da humilhação. A teologia reformada enumera cinco estágios da humilhação, a saber: (1) encarnação; (2) sofrimento; (3) morte; (4) sepultamento; e (5) descida ao hades
I. A ENCARNAÇÃO E O NASCIMENTO DE CRISTO - Vários pontos merecem atenção:
a. O sujeito da encarnação – Assumiu a natureza humana, (Mt 1:20; Jo 1:14).
b. A necessidade da encarnação - A encarnação foi tornada necessária pela queda do homem, (Jo 3:16; Lc 19:10).
c. A mudança efetuada na encarnação - Quando se nos diz que o Verbo se fez carne, não significa que o Verbo deixou de ser o que era antes. Quanto ao Seu Ser essencial, o Logos era exatamente o mesmo, antes e depois da encarnação, (Jo 1:14; Lc 8:3).
d. A encarnação fez de Cristo um membro da raça humana - Cristo assumiu a Sua natureza humana da substancia da Sua mãe, (Lc 1:34, 35).
e. A encarnação efetuada por uma concepção sobrenatural e um nascimento virginal - (Mt 1.18-20). 
B. O ESTADO DE EXALTAÇÃO 
            2. A EXALTAÇÃO DE CRISTO, ESCRITURÍSTICA E RACIONAL. Os evangelhos nos mostram claramente que a humilhação de Cristo foi seguida por Sua exaltação. A passagem clássica que prova a última acha-se em (Fp 2:9-11). Há várias outras; (Mc 16:19; Lc 24:26; Jo 7:39). 
            Os Ofícios de Cristo 
            1. A IDEIA DOS OFÍCIOS NA NATUREZA. É costume falar de três ofícios com relação à obra de Cristo, a saber, os ofícios profético, sacerdotal e real.  
            I. O Ofício Profético – Uma pessoa que vem com mensagem da parte de Deus para o povo. O profeta é alguém que recebe revelações da parte de Deus, particularmente na forma de visões.
            Provas bíblicas do ofício profético de Cristo - Ele é prenunciado como profeta em (Dt 18:15), Moisés cita: (At 3:22, 23). Ele fala de Si como profeta em (Lc 13:33). Mensageiro do Pai, (Jo 8:26-28; 12:49, 50; 14:10), prediz coisas futuras, (Mt 24:3-35; Lc 19:41-44), e fala com autoridade, (Mt 7:29). Suas poderosas obras serviam para autenticar a Sua mensagem. Em vista disso tudo, o povo o reconheceu como profeta, (Mt 21.11, 46; Lc 7.16; 24.19). 
            II. O Ofício Sacerdotal – Uma pessoa que ocupava posição honrosa e de responsabilidade, e que estava revestido de autoridade sobre outros. “uma pessoa dedicada a Deus”.
            Provas bíblicas do oficio sacerdotal de Cristo – O VT prediz o sacerdócio do redentor vindouro. (Sl 110:4) e (Zc 6:13). O sacerdócio do VT, e particularmente o sumo sacerdote, claramente prefiguram um Messias sacerdotal. No NT há somente um único livro em que ele é chamado sacerdote, (Hb 3.1; 4.14; 5.5; 6.20; 7.26; 8.1).  
            III. O Ofício Real – Rei – O seu reinado dura para sempre, diferente de todos os reis, este oficio de rei confirma o senhorio de Cristo, como cabeça de sua igreja, aguardando o dia final, onde será estabelecido seu reinado para sempre.
     Ele disse a Pilatos que seu reinado não era daqui (Jo 18:36). Mesmo assim, Jesus de fato tem um reino, cuja vinda ele anunciou em sua pregação (Mt 4:17, 23; 12:28). Ele é, de fato, o verdadeiro rei do novo povo de Deus. Após sua ressurreição, Deus Pai deu a Jesus muito maior autoridade sobre a igreja e sobre o universo. Deus o exaltou, (Ef 1:20-22; Mt 28:18; ICo 15:25). Naquele dia ele será reconhecido como o “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19:16). 
            O Reinado de Cristo Sobre o Universo - Cristo foi formalmente investido neste reinado sobre o universo quando foi exaltado à destra de Deus, (Sl 2:8, 9; Mt 28:18). Seu começo (Pv 8:23; Sl 2:6), Seu término (?)(Sl 45:6 (comp. Hb 1.8); Is 9.7). 
A expiação de Cristo foi suficiente a toda humanidade, porém aplicada apenas a certo numero de indivíduos. (Hb 9;28). 
Expiação - É a obra que Cristo realizou em sua vida e morte para obter nossa salvação.  
            Provas da Necessidade da Expiação.
     A Bíblia diz que de modo algum Ele absorverá o culpado, (Êx 34:7; Nm 14:18; Na 1:3). Ele odeia o pecado com ódio divino; todo o Seu Ser reage contra ele, (Sl 5:4-6; Rm 1:18).  

Soteriologia – É o estudo da salvação humana.  

      A soteriologia trata da comunicação das bênçãos da salvação ao pecador e seu restabelecimento ao favor divino e à vida de íntima comunhão com Deus. 
            A segurança eterna da salvação –  ser capaz de apresentar suas convicções com fundamentação bíblica: 
Segurança da salvação. É evidente na Escritura que os crentes podem, nesta existência, alcançar a segurança da salvação, (Hb 3:14; 2Pe 1.10). Isso estaria fora de questão, se fosse possível aos crentes cair da graça a qualquer momento. Essa segurança só pode ser desfrutada por aqueles que estão com a firme convicção de que Deus aperfeiçoará a obra que começou. 
            Salvação – É um dos benefícios Cristo assegura aos cristãos. Por razões óbvias, “salvação” é visto como o principal, superando em importância os demais. Paulo vê a salvação como algo que possui uma dimensão passada (Rm 8:24), presente (ICo 1:18), e futura (Rm 13:11). Isso tem importantes implicações para uma compreensão escatológica da salvação. 
            O que ensinam os arminianos e calvinistas sobre a salvação.  
            O CONCEITO ARMINIANO. A ordem da salvação elaborada pelos arminianos, embora atribuindo ostensivamente a obra da salvação de Deus, realmente a torna dependente da atitude e da obra do homem. Deus abre a possibilidade de salvação, mas cabe ao homem aproveitar a oportunidade. O arminiano considera a expiação de Cristo “como uma oblação e satisfação pelos pecados do mundo inteiro”, isto é, pelos pecados de todos os indivíduos da raça humana. Ele nega que o culpado pecado de Adão seja imputado a todos os seus descendentes, e que o homem seja por natureza totalmente depravada e, portanto, incapaz de fazer algum bem espiritual; e crê que, embora a natureza humana esteja indubitavelmente prejudicada e deteriorada como resultado da Queda, o homem ainda é capaz de, por natureza, fazer aquilo que é espiritualmente bom e de converter-se a Deus. Mas, devido à propensão para o mal, à perversidade e à frouxidão da pecaminosa natureza humana, Deus lhe infunde a assistência da Sua graça. Ele concede a graça suficiente a todos os homens e os capacita a, se o quiserem atingir a plena posse das bênçãos espirituais, e, por último, a salvação. 
            A oferta do Evangelho vem a todos os homens, indiscriminadamente, exerce apenas uma influência moral sobre eles, enquanto que eles detêm o poder de resistir-lhe ou de render-se a ele. Sê se renderem, converter-se-ão a Cristo com arrependimento e fé. 
            O perdão de pecados baseia-se nos méritos de Cristo, mas a aceitação da parte de Deus apoia-se na obediência do homem à lei, ou a sua obediência evangélica. A fé serve não somente para justificar os pecadores, mas também para regenerá-los. Ela garante ao homem a graça da obediência evangélica, e esta, se deixada em ação através da vida, vai dar na graça da perseverança.
            Textos bíblicos que destacam as afirmativas dos arminianos: (2Pe 3:9; 1Tm 2:3, 4; Ez 33:11). 
            Os calvinistas entendem que toda raça humana esta perdida no pecado. Eles destacam o conceito de depravação total: todo individuo é tão pecador que é incapaz de responder a qualquer oferta de graça. Essa condição, que merecemos plenamente, implica corrupção moral (e, portanto, incapacidade moral) e também possibilidade ao julgamento (culpa).
            Todas as pessoas começam a vida nessa condição. Por esse motivo, é  chamado “pecado original”. Às vezes, a expressão “incapacidade total” é usada para descrever a condição humana. Essa terminologia salienta que os pecadores perderam a capacidade de fazer o bem e são incapazes de se converter. Textos bíblicos que destacam as afirmativas dos arminianos: (Jo 6:44; Rm 3:1-23; 2Co 4:3, 4 e, especialmente, Ef 2:1-3).
            O segundo conceito importante do calvinismo é a soberania de Deus. Ele é o Criador e o Senhor de todas as coisas e, por conseguinte, é livre para fazer tudo o que deseja. Ele não esta sujeito nem deve explicações a ninguém. Os homens não estão em posição de julgar a Deus por aquilo que ele faz. Uma das passagens citadas com freqüência nessa discussão é a parábola dos trabalhadores na vinha. (Mt 20:13-15) 

            Noções das principais doutrinas pelo menos a nível conceitual.
Eleição: Têm como base o soberano beneplácito de Deus. É o ato eterno de Deus sem levar em conta nenhum de seus méritos, escolhem alguns para receberem a graça especial e a salvação. (Ef 1:2, 4 Tt 1:1, 1Pe 1:2) 
Predestinação: A simples previsão ou presciência intelectual, nem mera obtenção de conhecimento de alguma coisa de antemão, mas conhecimento seletivo que toma em consideração alguém, favorecendo-o e o faz objeto de amor, aproxima-se da ideia de predeterminação. (At 2:23 (comp. 4:28); Rm 8:29). 
Adoção: É o ato de Deus nos tornar seus Filhos de fato, por sermos co-herdeiros em Cristo. João menciona a adoção no começo do seu evangelho, em que diz: (Jo 1:12). 
Redenção: É o ato dos cristãos serem resgatados, ou libertos pelo sangue de Cristo, (Cl 1:13). 
Remissão: Significa o perdão que temos da nossa dívida.  Deus providenciou uma forma para que a nossa divida ( pecados) pudesse ser paga (perdoada) e assim, pudéssemos estar livres da condenação que merecíamos. (Mt 26:28). 
Perseverança: É a certeza de que os verdadeiros Cristãos continuarão se santificando. A perseverança dos santos e de inteira responsabilidade do próprio cristão e é atuada somente pelo poder de Deus. (Hb 12:1 e Fl 3:13, 14). 
ARMINIANISMO X CALVINISMO
Categoria
Arminianismo
Calvinismo


1. Livre-Arbítrio ou Capacidade Humana
1. Incapacidade Total ou Depravação Total
Depravação Total
Embora a queda de Adão tenha afetado seriamente a natureza humana, as pessoas não ficaram num estado de total incapacidade espiritual. Todo pecador pode arrepender-se e crer, por livre-arbítrio, cujo uso determinará seu destino eterno. (Is 55:7; Mt 25:41-46; Mc 9:47-48; Rm 14:10-12; 2Co 5:10)

O homem natural não pode sequer apreciar as coisas de Deus. Menos ainda salvar-se. Ele é  cego, surdo, mudo, impotente, leproso espiritual, morto em seu pecado, insensível à graça comum. Se Deus não tomar a iniciativa, infundindo-lhe a fé salvadora, e fazendo-o ressuscitar espiritualmente, o homem natural continuará morto eternamente. (Sl 51:5; Jr 13:23; Rm 3:10-12; 7:18; 1Co 2:14; )

2. Eleição Condicional
2. Eleição Condicional
Eleição Incondicional
Deus escolheu as pessoas para a salvação, antes da fundação do mundo, baseado em Sua presciência. Ele previu quem aceitaria livremente a salvação e predestinou os salvos. A salvação ocorre quando o pecador escolhe a Cristo; não é Deus quem escolhe o pecador. O pecador deve exercer sua própria fé, para crer em Cristo e ser salvo. (Dt 30:19; Jo 5:40; 8:24; Ef 1:5-6, 12; 2:10; Tg 1:14; 1Pe 1:2; Ap 3:20; 22:17)
Deus elegeu alguns para a salvação em Cristo, reprovando os demais. Aos eleitos Deus manifesta a Sua misericórdia e aos reprovados a Sua justiça. Deus não tem a obrigação de salvar ninguém, nem homens nem anjos decaídos. Resolveu soberanamente salvar alguns homens (reprovando todos os demais) e torná-los filhos adotivos quando eram filhos das trevas. A salvação é efetuada totalmente por Deus. A fé, como a salvação, é dom de Deus ao homem, não do homem a Deus. (Ml 1:2-3; Jo 6:65; 13:18; 15:6; 17:9; At 13:48; Rm 8:29, 30-33; 9:16; 11:5-7; Ef 1:4-5; 2:8-10; 2Ts 2:13; 1Pe 2:8-9; Jd 1:4)

3. Redenção Universal ou Expiação Geral
3. Redenção Particular ou Expiação Limitada
Expiação Limitada
O sacrifício de Cristo torna possível a toda e qualquer pessoa salvar-se pela fé, mas não assegura a salvação de ninguém. Só os que crêem nEle, e todos os que crêem, serão salvos(Jo 3:16; 12:32; 17:21; 1Jo 2:2; 1Co 15:22; 1Tm 2:3-4; Hb 2:9; 2Pe 3:9; 1Jo 2:2)
Segundo Agostinho, a graça de Deus é "suficiente para todos eficientes para os eleitos". Cristo foi sacrificado para redimir Seu povo, não para tentar redimi-lo. Ele abriu a porta da salvação para todos, porém, só os eleitos querem entrar, e efetivamente entram(Jo 17:6,9,10; At 20:28; Ef 5:15; Tt 3:5)

4. Pode-se Efetivamente Resistir ao Espírito Santo
4. A Vocação Eficaz do Espírito ou Graça Irresistível
Graça Irresistível
Deus faz tudo o que pode para salvar os pecadores. Estes, porém, sendo livres, podem resistir aos apelos da graça. Portanto, a graça de Deus não é infalível nem irresistível. O homem pode frustrar a vontade de Deus para sua salvação.
(Lc 18:23; Ef 4:30; 1Ts 5:19)
Embora os homens possam resistir à  graça de Deus, ela é, todavia, infalível: acaba convencendo o pecador de seu estado depravado, convertendo-o, dando-lhe nova vida, e santificando-o. O Espírito Santo realiza isto sem coação. Deus age e o crente reage, livremente. Quem se perde tem consciência de que está livremente rejeitando a salvação. (Jr 3:3; 5:24; 24:7; Ez 11:19; 20; 36:26-27; 1Co 4:7; 2Co 5:17; )

5. O Homem pode Cair da Graça
5. Perseverança dos Santos
Perseverança dos Santos
O arminianismo conclui, muito logicamente, que o homem, sendo salvo por um ato de sua própria vontade livremente exercida, aceitando a Cristo por sua própria decisão, pode também perder-se depois de ter sido salvo, se resolver mudar de atitude para com Cristo, rejeitando-o! (Alguns arminianos acrescentariam que o homem pode perder, subseqüentemente, sua salvação, cometendo algum pecado, uma vez que a teologia arminiana é uma “teologia de obras” – pelo menos no sentido e na extensão em que o homem precisa exercer sua própria vontade para ser salvo).
O calvinismo sustenta muito simplesmente que a salvação, desde que é obra realizada inteiramente pelo Senhor – e que o homem nada tem a fazer antes, absolutamente, “para ser salvo” -, é óbvio que o “permanecer salvo” é, também, obra de Deus, à parte de qualquer bem ou mal que o eleito possa praticar. Os eleitos ‘perseverarão' pela simples razão de que Deus prometeu completar, em nós, a obra que ele começou..

Santificação: É uma obra progressiva da parte de Deus e do homem que nos torna cada vez mais livres do pecado e semelhantes a Cristo em nossa vida presente, (1Ts 5:23 e Jo 15:4).
Regeneração: É o ato de Deus que nos torna uma nova criatura, ou seja, o novo nascimento. É uma obra exclusiva de Deus não é um processo, (II Co 5:17, Jo 1:12,13). 
Iluminação: É um aspecto da obra reveladora do Espírito Santo é o ensino de certas coisas ao povo de Deus e a iluminação desse povo para que possa entendê-las, (Jo 14:26). 
União com Cristo: Assim como Adão foi à cabeça representativa da velha humanidade, Cristo é a Cabeça representativa da nova humanidade, (2Co 3.18 e Jo 17:20, 21) 
Justificação: Ato judicial de Deus nos livrar da condenação eterna imputando nossos pecados sobre Cristo. A justificação é posicional. (Rm 3:24, 5:9; 1Co 6:11). 
Reprovação: É o decreto de Deus pelo qual Ele determinou deixar de aplicar sua graça especial sobre certo numero de homens e puni-los por seus pecados, (Rm 1:24,26,28). 
Conversão: É o ato de deixar o pecado em arrependimento, e a evidencia exterior da regeneração. (Ef 3:16). Deus é o autor da salvação, (At 11:18). 
Imagem e Semelhança: Paralelismo, ou seja, significam a mesma coisa. Deus criou o homem perfeito em justiça, santidade e conhecimento. 
Depravação Total: é a corrupção do pecado original que se propaga e afeta todas as partes da natureza humana. (Jo 3:3, Rm 7:18).
Após a queda o homem continuou sendo a imagem de Deus, mas depravado totalmente perdendo seu estado original. As conseqüências do pecado no homem: morte física e espiritual, vergonha, expulso do paraíso, temor, fuga da responsabilidade e sentenças a cada um dos envolvidos. 
Cristo: é uma pessoa com duas naturezas, divina e humana. Esvaziou-se a si Mesmo, deixou a sua majestade de gloria assumindo forma humana, estando sujeito as suas próprias leis e se fazendo de maldição. 
Sua Humilhação: foi enquanto sua pessoa. O homem mesmo sem pecado foi obediente até a morte, o justo pelos injustos. 
A expiação de Cristo: foi suficiente a toda humanidade, porém aplicada apenas a certo numero de indivíduos. Hb 9;28. 
Inferno: Literalmente lugar de tormento eterno. Mat. (5:29, 10:28, 25:41e 46, Mc 9:43 e 44). Lago de fogo segunda Morte (Ap 2:11, 20:6,14, 21:8). 
Céu: Lugar de gozo eterno. (Mt 25:34, 46). 
Milênio: Literalmente um reino de mil anos. Ap 20:1-6, Is 11:6-9. 
Dicotomia: Corpo e Alma. Gn 2:7, 6:17, I Co 15:45, Lc 23:46, Mat 10:28, Sl 6:3, 43:5, 73:21, 106:33 Jó 12:10 Ec 12:7. 
Teologia Pastoral: Os dons revogáveis no V.T segundo pacto das obras. Irrevogáveis no N.T  (Rm 11:29). Não se envolver coisas deste mundo 2Tm 1:9, 2:4. 

Pneumatologia – É o estudo sobre o Espírito Santo. 

            Compreensão da doutrina da trindade: 
            Provas do Novo Testamento. Traz consigo uma revelação mais clara das distinções da Divindade. Se no VT Jeová é apresentado como o Redentor e Salvador do Seu povo, (Jó 19:25; Sl 19:14), NT e o Filho de Deus distingue-se nessa capacidade, (Mt 1:21), VT é Jeová que habita em Israel e nos corações dos que O temem, (Sl 74:2), no NT é o Espírito Santo que habita na igreja, (At 2:4). O NT oferece clara revelação de Deus enviando Seu filho ao mundo, (Jo 3:16), e do pai e Filho enviando o Espírito, (Gl 4:6). Vemos o pai dirigindo-se ao Filho, (Mc 1:11), o Filho comunicando-se com o Pai, (Mt 11:25), e o Espírito Santo orando a Deus nos corações dos crentes, (Rm 8:26). Assim, as pessoas da Trindade, separadas, são expostas com clareza às nossas mentes.  
a.       Há  no Ser Divino apenas uma essência indivisível.
b.      b. Neste único Ser Divino Há três Pessoas ou subsistências individuais, o Pai e o Filho e o Espírito Santo.
c.       Mas em Deus não há três indivíduos justapostos e separados uns dos outros.
d.      Toda a indivisa essência de Deus pertence igualmente a cada uma das três pessoas.
e.      A subsistência e as operações das três pessoas do Ser Divino são assinaladas por certa ordem definida. Há certa ordem na Trindade ontológica. Quanto à subsistência pessoal o Pai é a primeira pessoa, o Filho é a segunda, e o Espírito Santo é a terceira.
f.         há certos atributos pessoais pelos quais se distinguem as três pessoas. São operações pessoais, não realizadas pelas três pessoas juntas, e são incomunicáveis. A geração é um ato exclusivo do Pai, a filiação pertence exclusivamente ao Filho, e a processão só pode ser atribuída ao Espírito Santo.
g.      A igreja confessa que a Trindade é um ministério que transcende a compreensão do homem. A Trindade é um mistério, não somente no sentido bíblico de que se trata de uma verdade anteriormente oculta e depois revelada, mas também no sentido de que o homem não pode compreendê-la e não pode torná-la inteligível.

Definição de batismo com o Espírito Santo:   
             Resposta: Podemos definir o Batismo do Espírito Santo como a obra através da qual o
Espírito de Deus coloca o crente em união com Cristo e em união com outros crentes no Corpo de Cristo, no momento da salvação. (1Co 12:12-13 e Rm 6:1-4) são as passagens centrais na Bíblia onde encontramos esta doutrina. (1Co 12:13) declara: “Pois TODOS nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” 
            Todos os crentes são batizados com o Espírito Santo - Quando cremos em Deus e aceitamos o Senhor Jesus como o nosso Salvador pessoal, ele nos batiza (sela) com o Espírito Santo, (Ef 1:13).
            Depois Este nos presenteia com os dons espirituais e, à medida  que somos consagrados a Deus, Ele nos enche do seu poder para que haja em nós e na igreja edificação e crescimento espiritual. O batismo com o Espírito Santo não significa um segundo batismo especial, semelhante ao batismo nas águas.
            Só  podemos saber se uma pessoa está realmente batizada com o Espírito Santo pela manifestação de suas obras, (Gl 5:22-26).
            Pela ação do Espírito Santo, somos regenerados mediante o novo nascimento espiritual, tornando-nos filhos de Deus e membros do corpo de Cristo, que é a sua igreja invisível, (Jo 14:17). 
            A importância da pessoa do Espírito Santo na vida da igreja: 
Os dons do Espírito são para equipar a igreja a fim de dar crescimento espiritual até que Cristo volte. (At 1:8). O derramamento do Espírito Santo sobre a igreja na plenitude e no poder da nova aliança ocorreu no Pentecostes. Antes de subir aos céus, Jesus ordenou aos seus apóstolos que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, e o conteúdo dessa promessa era: “... vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1:4-5).  
            O Espírito Santo é responsável pelo novo nascimento, o nascimento espiritual, a regeneração do ser humano, a transformação em nova criatura feita à imagem e semelhança de Cristo, para tornar-se, como Ele, um filho de Deus (Jo 3:5; Tt 3:5). Em outras palavras, é o Espírito Santo quem inspira, aconselha, dirige e consola o cristão. É Ele que operar em nós tanto o querer como o efetuar segundo a boa vontade de Deus (Fp 2:13). 

Escatologia É o estudo das últimas coisas, dos acontecimentos finais da História humana. 

            Compreensão da sua divisão:
A Escatologia pode ser dividida em duas naturezas: Individual e Geral. 
-  ESCATOLOGIA INDIVIDUAL:  É o espaço de tempo entre a sua morte e a ressurreição. 
-  ESCATOLOGIA GERAL:  Para a história da humanidade, a Escatologia Geral está inserida em três fases: 
PASSADO: após a queda do homem, foi prometido um que traria de volta a comunhão entre o Criador e o ser humano.
PRESENTE:  esse momento se desenvolve no tempo e no espaço de cada geração.
FUTURO:  fatos do tempo do fim que apontam para um destino eterno com novo céu e nova terra
           
As correntes milenares incluindo o seu posicionamento: 

            Correntes  EscatológicasHá quatro principais correntes escatológicas.  
01- Amilenismo: Sustenta que o milênio está em curso. Começou com a ressurreição e exaltação de Cristo e criação da Igreja. Terminará com a segunda vinda do Cordeiro. 
  Aqueles que reinam com Cristo por mil anos são os cristãos que morreram e já estão reinando com Cristo no céu. O reino de Cristo no milênio, segundo esse ponto de vista, não é um reino físico aqui na terra, mas sim o reino celestial sobre o qual ele falou ao declarar: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28:18).
            Esse ponto de vista é chamado “amilenista” por sustentar que não existe nenhum milênio que ainda esteja por vir. Como os amilenistas crêem que Ap 20 está-se cumprindo agora na era da igreja, sustentam que o “milênio” aqui descrito já esta em curso no presente. A duração exata da era da igreja não pode ser conhecida, e a expressão “mil anos” é simplesmente uma figura de linguagem para um longo período um que os propósitos perfeitos de Deus vão se realizar. De acordo com essa posição, a presente era da igreja continuará até o tempo da volta de Cristo. 
02- Pré-milenismo: Prega que o reino milenário do Messias será implantado na terra, material, social, política e religiosamente, por ocasião de sua volta e com a ressurreição dos justos. O reino milerário terminará com a ressurreição e a condenação final dos ímpios. 
     O pré-milenismo tradicional, primitivo, defende instalação de um futuro reino milenário de Cristo na terra com trono real em Jerusalém de onde, física, política e espiritualmente comandaria o mundo. A inauguração de tal reinado aconteceria, diziam, por ocasião do retorno do Messias, época em que se concretizariam as seguintes preconizações proféticas: Ressurreição dos santos; transformação dos cristãos que estiverem vivos; arrebatamento da Igreja; prisão de Satanás por mil anos; período milenário de total e incondicional submissão a Cristo, sendo a paz, a justiça e a prosperidade bênçãos universais; fim da era milenária pela: Soltura de Satanás por pouco tempo; emergência do anticristo; grande apostasia; rebelião contra o Rei, Jesus Cristo; fogo do céu consumindo completamente o exército anticristão; ressurreição dos ímpios; juízo do trono branco; condenação dos injustos; lançamento de Satanás, da besta, do anticristo e dos réprobos na geena; criação de um novo céu e de uma nova  terra; eternidade inalterável.  
03- Pré-milenismo dispensacionalista, tribulacionista: Ensina o arrebatamento secreto da Igreja; a volta de Cristo em dois tempos; dois distintos povos de Deus, Igreja e Israel; dois reinos; duas ou mais ressurreições; mais de um juízo; tribulação somente para Israel.  
            A – O PRÉ-TRIBULACIONISMO sustenta que Cristo arrebatará  secretamente sua Igreja antes da tribulação. Ela, portanto, não participará  das "dores finais do parto", das aflições dos últimos dias. Retirada a Igreja pelo arrebatamento secreto, iniciar-se-á o cumprimento da septuagésima semana profetizada por Daniel, dividida em duas partes de três anos e meio cada uma: 
            - Na primeira parte haverá, dizem, conversão em massa dos judeus, que proclamarão o evangelho do reino milenar do Messias, em implantação, a todas as nações. Tal "evangelho do reino" nada tem a ver com o evangelho da graça, pois este se encerrou com o arrebatamento da Igreja; retirada do mundo para que as profecias sobre o destino final e glorioso de Israel, depois do período tribulacional, se cumpram integralmente. A Igreja, para a maioria dos escatólogos dispensacionais, ocupa um interregno que provoca descontinuidade do plano histórico de restabelecimento de Israel e o retardamento da subordinação de todos os povos ao trono de Davi. 
            - Na segunda parte, surgirá um poderoso imperador romano, um terrível anticristo, que arregimentará o povo num humanamente imbatível exército para lutar contra o novo e penetrante Israel. Depois de três anos e meio de tribulações e sofrimentos inenarráveis, quando o reino Davidica estiver seriamente ameaçado, eis que descerá do céu com seus santos o glorioso Messias, que lutará, vencerá e eliminará, pela morte, o anticristo com todos os seus militantes na batalha de Armagedom. Convertido Israel e submetidos os gentios ao cetro messiânico, Cristo a si mesmo se entronizará em Jerusalém e dali regerá o mundo, física e politicamente, por mil anos. Para os pré-tribulacionistas, pois, a grande tribulação de que falou Jesus Cristo acontecerá na segunda metade da septuagésima semana de anos preconizada por Daniel, depois do arrebatamento da Igreja.  
            B – PÓS-TRIBULACIONISMO. Os pós-tribulacionistas acreditam numa tribulação intensificada no final da atual dispensação, quando haverá um esforço final das potências malignas para destruir o reino do Cordeiro. Findas as tribulações, Cristo retornará com seus anjos, revestido de realeza, para o estabelecimento do reino messiânico. Todos os não milenistas são pós-tribulacionistas e também alguns pré-milenistas; porém, os pré-milenistas dispensacionalistas são, via de regra, pré-tribulacionistas. O não-milenista, no entanto, crê no retorno pós-tribulacionista de Jesus Cristo, mas não defende o reinado milenário físico, orgânico, material e político do Messias no trono restaurado de Davi. A Igreja ensinam os pós-tribulacionistas, não será poupada da e na tribulação final, mas Deus, dentro dela, lhe preservará a esperança, sustentar-lhe-á a fé, manter-lhe-á, e ainda mais acentuado, o testemunho.  
04- Pós-milenismo: Divulga um crescimento numérico e espiritual da Igreja até chegar ao ponto ideal, preconizado por Deus, quando se implantará o reino milenário do Messias cujo término se dará com a ressurreição geral, juízo final e reinado eterno de Cristo. A Igreja, dizem os pós-milenistas, pela pregação do evangelho promoverá a conversão das nações e a conseqüente paz milenária no mundo.  
            O pós-milenista acredita num reino milenário de Cristo na terra, mas não física e politicamente. Ele reinará sobre nos regenerados, estabelecendo uma sociedade universal de cristãos transformados na quais os imperativos éticos e doutrinários das Escrituras serão princípios e normas das pessoas e das instituições. A mudança será na qualidade, dizem, não necessariamente nas estruturas. No governo messiânico milenário a paz se instalará, a harmonia se verificará entre os indivíduos e entre as nações. Os conflitos da ordem natural desaparecerão (Is 11.6). O pós-milenismo não defende um milênio literal, pois entende tratar-se de um período simbólico cuja duração somente Deus estabelecerá, segundo seus planos eternos e imutáveis. O reinado do Messias não há de ser teocrático, um Cristo monarca  entronizado em Jerusalém de onde regerá os povos. O Rei reinará sobre todas as nações por intermédio de seus respectivos governantes convertidos, transformados em servos do Senhor. Terminado o período milenário, haverá um breve tempo de tribulação pela emergência do anticristo e pela apostasia de muitos. Logo, porém, o Messias retornará dia em que todos os mortos, justos e injustos, ressuscitarão, os primeiros para a bênção da vida eterna e os segundos para desonra eterna. 

            Noção bíblica do céu, inferno, vida pós-morte (estado intermediário) etc. 

            O que é Céu: Lugar da morada de Deus, onde veremos Jesus como ele é lugar de glória e alegria jamais experimentado pelo homem, onde todas as lágrimas serão enxugadas e toda dor, tristeza e sofrimento serão eliminados para sempre. 
            O que é inferno: É lugar de castigo eterno e consciente para o ímpio.  
      
Há  vida pós-morte (estado intermediário)?  
            A Bíblia nos diz: “O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece... Morrendo o homem, porventura tornará a viver”  (Jó 14:1-2,14)? 
            A Bíblia nos diz que não apenas há  vida após a morte, mas vida eterna tão gloriosa. (1Co 2:9); (Is 53:5).  
            Conceito Bíblico de Estado Intermediário. 
            1. DESCRIÇÃO BÍBLICA DOS CRENTES ENTRE A MORTE E A RESSURREIÇÃO. A posição usual das igrejas reformadas (calvinistas) é que as almas dos crentes, imediatamente após a morte, ingressam no céu.
            A Bíblia ensina que a alma do crente, quando separada do corpo, entra na presença de Cristo. Diz Paulo, (2Co 5:8). Aos filipenses ele escreve, (Fp 1:23). Jesus disse ao malfeitor arrependido: (Lc 23:43). E estar com Cristo é estar no céu, (2Co 12:3, 4), “paraíso”  só pode ser um designativo do céu. Hb anima os corações dos seus leitores com este pensamento, entre outros, que eles chegaram “à universal assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus”, (Hb 12.22, 23). Que o estado futuro dos crentes, após a morte, merece muito maior preferência, comparado com o estado presente, vê-se claramente nas asserções de Paulo em (2Co 5.8 e Fp 1.23), acima citadas. É um estado no qual os crentes estão verdadeiramente vivos e plenamente conscientes, (Lc 16.19-31; 1Ts 5.10); um estado de repouso e felicidade sem fim, (Ap 14.13). 
            2. DESCRIÇÃO BÍBLICA DO ESTADO DOS ÍMPIOS ENTRE A MORTE E A RESSURREIÇÃO. As almas dos ímpios, após a morte, “são  lançadas no inferno, onde ficarão, em tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final”. Ademais, acrescenta: “Além destes dois lugares (céu e inferno) destinados às almas separadas de seus respectivos corpos, as Escrituras não reconhecem nenhum outro lugar”. 

Missiologia Estuda as missões, que são ações de propagação de uma religião
           
Missões no A.T. e no N.T.
            A Bíblia é o manual de missões por excelência. Nela encontramos experiências, estratégias de trabalho, e até exemplos dos problemas que o obreiro pode enfrentar no campo missionário, pois a obra missionária está presente em toda a Bíblia.  
Livros
Ideias Missionárias no AT
Livros
Ideias Missionárias no NT
Pentateuco
Adão Gn 1.28;3.15; Noé Gn 9.1; Abraão Gn 26.2-4; Isaque Gn 26.2-4; Jacó Gn 28.12-14; Moisés Êx 19.5,6
Evangelhos 
Lc 9.1-6; 24.45-49; Mt 10.16-42; 23.16-20
Históricos
Naamã 2 Rs 5; Raabe Js 2; Hb 11.31
O livro de Ester
Atos
At 1.8; 5.28,42; 8.4,11, 20; 17.6
Poéticos
Salmos 47; 50; 67; 72; 89; 96; 98;  104; 117.
Epístolas
Rm 15.9; Gl 1.15, 16; 3.8; Ef 3.4-6; Fp 2.10, 11; 1 Tm 2.4; 3.16.
Proféticos
Is 45.21,22; Jr 3.17; Hb 2.14; Ag 2.7;  Zc 9.10; Ml 1.11
Apocalipse
Ap 5.9,10, 13; 7.9; 10.11; 11.15;  20.11-15; 21.9-27.

            O empreendimento missionário não  é de origem humana, surgiu do coração de Deus, e está revelado em sua Palavra. Muitos livros tidos como sagrados, mostram o homem à procura de Deus. Porém, a Bíblia nos apresenta um Deus pessoal, buscando e restaurando a coroa de sua Criação. O grande propósito do Altíssimo é a redenção de todo o mundo. Por esta razão, as boas novas destinam-se a todas as raças, tribos e nações.

            INTRODUÇÃO
Todos os cristãos reconhecem a origem divina das Escrituras. Não é possível separar missão da Bíblia. Nesta encontramos o tema de missões: JESUS, e “tudo o que diz respeito à vida e a piedade” (2 Pe 1:3). As Escrituras mostra que a obra missionária está presente desde o Gênesis ao Apocalipse. 
I  – POR  QUE A BÍBLIA É O MANUAL DE MISSÕES POR EXCELÊNCIA?
Ela evidencia os propósitos universais de Deus para a Redenção do homem. A Bíblia é a única obra literária do planeta que registra a nossa origem: o que somos de onde viemos e para onde vamos. Deus quer que todos os seres humanos conheçam a verdade sobre Ele... (1Tm 2.4). 

II – A VISÃO MISSIONÁRIA PRENUNCIADA NO ANTIGO TESTAMENTO
            1. O comissionamento dos Patriarcas. A obra missionária está no coração de Deus. O patriarca Abraão foi chamado por Deus para deixar sua terra e partir para uma terra distante e desconhecida (At 7:2-4). Essa promessa foi confirmada a Isaque (Gn 26:4) também a Jacó (Gn 28:14). O próprio Deus pregou o evangelho primeiramente a Abraão prevendo sua extensão por toda a terra (Gl 3:8). Isto é  missões tanto no exemplo, no comissionamento de Abraão, como também de maneira direta: as famílias da terra sendo abençoadas no patriarca Abraão.  
III – A  VISÃO MISSIONÁRIA CONFIRMADA NO NOVO TESTAMENTO
            1. Os evangelhos – Jesus o maior exemplo. O Senhor Jesus está presente em cada livro da Bíblia, mas somente os quatro Evangelhos revelam sua vida e ministério e o reconhecem como o cumprimento das promessas de Deus. Jesus é o enviado do Pai (Jo 3:16,17), sendo o maior ex. para os missionários de todos os tempos. O objetivo da obra missionária é tornar o nome de Jesus conhecido em todas as nações da terra. De todos os 66 livros da Bíblia os evangelhos se destacam na revelação da pessoa de Jesus e de sua história:  nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão ao céu.
             2. As epístolas. Elas tratam dos mais variados assuntos fundamentais da fé cristã. No que tange à missiologia, servem também para estabelecer disciplinas e encorajar as igrejas às missões (Rm 10:13-15; Gl 2:9). Em Atos destacam-se as viagens de missões. No Apocalipse encontramos o fim glorioso da jornada da Igreja (Ap 21:3,4). Nenhum missionário pode fazer coisa alguma sem o Espírito Santo, sem o Senhor Jesus e sem a Bíblia. 
IV – A  VISÃO MISSIONÁRIA ULTIMADA NA GRANDE COMISSÃO
            1. A Grande Comissão. Registrada nos quatro Evangelhos e repetida em Atos (Mt 28:18-20, Mc 16:15-20; Lc 24:46-49; Jo 20:20-2; At 1:8). Nelas estão os elementos básicos para missões.
            2. Uma ordem! Fazer missões é mandamento bíblico. Trata-se de uma ordem bíblica imperativa e não um parecer ou recomendação. Essa ordem como vimos já está na Bíblia (1Co 9:16).  
     
CONCLUSÃO
Missões está em toda a Bíblia. Visto que o propósito fundamental da Palavra de Deus é a redenção humana missões se inserem nesse contexto, é correto afirmar que está presente desde o Gênesis ao Apocalipse. Essa presença pode ser direta ou indireta, nas ilustrações, figuras, profecias. O livro de Atos se sobressai em missões, registra os grandes trabalhos missionários. Missões, contudo, está em toda a Bíblia. O livro do Senhor é o manual de missões 
            A evangelização e a teologia:   
Na verdade, existe uma relação inseparável entre teologia e prática; nós não podemos desassociar as duas coisas. Toda verdadeira teologia deveria desembocar em alguma atividade prática da igreja, particularmente na área de evangelização e missões. E toda verdadeira evangelização e obra missionária têm uma base teológica. O mundo cobra esse conhecimento. Que mensagens vão levar o que vamos dizer às pessoas? Por isso precisamos da teologia na missão da igreja; na verdade, a teologia, é o esqueleto em cima do qual se monta à ação da igreja. Se a ação da igreja, ação missionária, evangelística, não tiver um embasamento sólido nas escrituras, ela se torna simplesmente ativismo ou uma tentativa de fazer coisas sem que se tenha uma razão por trás, uma motivação, um alvo, uma fundamentação bíblica. 
             Paulo escreve na sua maior carta missionária a carta aos Romanos. Interessante nessa carta é que Paulo apresenta à igreja de Roma o evangelho que ele pregava com o objetivo de obter dela apoio para os seus planos de evangelismo na Espanha. Isto que a carta aos Romanos é: uma apresentação sistemática do evangelho que Paulo prega, à luz das questões judaicas daquela época, onde ele expõe a necessidade de anunciar o evangelho na Espanha. (Rm 15:24). Paulo está expondo seus desejos e planos missionários, e dentro vem a doutrina.  
            O que podemos aprender pra nós?  
            1) Não podemos separar teologia de missões e vise versa. Quando planejamos plantar igrejas ou fazer missões temos que ter a base de teologia para isso. Não é apenas uma questão de ação e resultado, mas, de convicções teológicas e doutrinárias profundas, vamos fazer o que temos que fazer, pois estamos persuadidos a respeito de Deus, quem Ele é, o que faz e o que Ele vai fazer na história.
            2) Através da Palavra de Deus que sua igreja é identificada nos dois sentidos, tanto na expansão quanto na edificação interna, existe uma necessidade de restaurarmos isso no campo missionário, a pregação bíblica. 
            A evangelização e a soberania de Deus: 
            Não se confunda a soberania de Deus com a Sua onipotência. Certamente Deus é todo-poderoso. Se Deus quisesse, poderia pelo emprego da simples força levar para o Céu os eleitos, e igualmente pelo emprego da simples força lançar ao inferno o não eleitos. Mas Ele não faz nada disso. Ninguém jamais foi convertido ao cristianismo à força. Todo verdadeiro converso volta-se para Cristo porque quer – embora seja certo que este querer é dom de Deus, transmitindo a ele por ocasião do seu novo nascimento. Deus trata os seres humanos como criaturas racionais, capazes de agir livremente. Por isso, Ele dialoga com os não salvos por meio do Evangelho. Quer "persuadir" os homens (2Co 5:11). E no caso dos eleitos, Ele aplica o Evangelho aos corações deles de maneira salvadora, mediante o Espírito Santo. 
            A Bíblia ensina as duas verdades com grande ênfase. Aquele que aceita com humilde fé a Bíblia como a infalível Palavra de Deus, dará vigoroso destaque tanto a uma como à outra. Portanto, o pregador do Evangelho tem de dizer ao pecador, não apenas que a salvação é só pela graça soberana, mas também que, para ser salvo, ele precisa crer em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Por um lado, deve pregar que os eleitos de Deus serão salvos; por outro lado, deve proclamar a advertência de que aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele (Jo 3:36). Mesmo os eleitos precisam desta admoestação, pois faz parte integrante do método que Deus adotou para levá-los à salvação.
            Agora fica assegurada uma conclusão das mais significantes. Em vez de tornar supérflua a evangelização, a eleição requer a evangelização. Nenhum deles pode perecer. E o Evangelho é o meio pelo qual Deus lhes comunica a fé salvadora. De fato, é o único meio que Deus emprega para esse fim. "A fé vem pelo ouvir... pela palavra de Deus" (Rm 10:17).
            Exatamente tão certo como todos os eleitos de Deus serão salvos, é certo que a palavra do Evangelho não tornará a Deus, vazia (Is 55:11). 
            Missões na dimensão do Reino de Deus: 
            O sentido do Reino de Deus - O Reino de Deus é acima de tudo as Boas Novas que Jesus proclamou. Ele se refere à maneira como os cristãos devem viver suas vidas diárias. Vamos sintetizar o ensino bíblico do Reino nos seguintes pontos: 
            O Reino é o governo soberano de Deus sobre todas as coisas - O Reino de Deus não se refere tanto a uma região ou local onde Deus reina, mas à sua autoridade soberana sobre “todas as coisas”, tanto no céu como na terra, visíveis e invisíveis; as coisas do presente e as coisas que hão de vir. No A.T., Israel concebia Deus não só como o Criador de todas as coisas (Gn 1:1; Sl 29:10), mas também como o Rei soberano sobre todas as nações (Sl.47; 93). Ele é o Senhor da História, cujo domínio está acima do domínio de todos os homens (Dn 4:17, 25).
             Jesus Cristo é a entrada decisiva do Reino na história humana - O Reino de Deus é o Reino de Cristo (Ap 11:15). As Boas Novas são de que, em Jesus Cristo, o Reino de Deus se tornou visível e presente, em amor e poder, embora ainda não em sua plenitude (Mt 11:5). O Reino é o poder de Deus atuando para libertar as pessoas do poder de Satanás (Mt 12:28; Lc.11:20), para curar (Mc.10:46-52), para perdoar pecados (Mc.2:1-12). Seu poder é mostrado decisivamente na morte e ressurreição de Jesus (Cl 1:19, 20).
            O Reino de Deus promete uma nova ordem social - Uma humanidade reconciliada e um meio ambiente baseado no amor na justiça na santidade, na paz (Is 32:17). Ele promete nada menos que a renovação radical da sociedade, (2Pe 3:13). Paulo diz repetidas vezes (Ef. 1:9, 10; Cl.1:20; II Co.5:19), o plano de Deus é “unir”, “reconciliar”. ou “encabeçar” todas as coisas em Cristo Jesus. Basicamente, o Reino refere-se à reconciliação em todas as esferas da existência humana. O Plano de Deus, então, inclui a redenção da vida em todas as suas dimensões. Neste sentido, o Reino de Deus é ecológico. Traz tudo à vista, e se preocupa com uma harmonia ecológica certa em toda a vida - tanto em assuntos do espírito, como da mente, artes, família, relações sociais, políticas e econômicas. 
            A missão integral da igreja
Como a igreja se relaciona com o propósito do Reino? Qual o seu papel, a sua missão? Não podemos entender a sua missão independentemente da missão de Jesus, o Cabeça da Igreja. Portanto, se Jesus veio inaugurar o Reino, a missão da igreja não pode ser outra senão a manifestação, ainda que não plena, do Reino de Deus, em palavras e obras, no poder do Espírito Santo. 
            Uma chamada dupla à evangelização e à responsabilidade social - Dentro desta visão, a igreja tem um chamado duplo:
            O que vem primeiro: evangelização ou responsabilidade social? Esta é uma discussão polêmica. Primeiro, reconhecemos que a necessidade mais ampla e mais profunda de todo ser humano é um encontro pessoal com Jesus Cristo. O serviço da evangelização abnegado figura como a tarefa mais urgente da igreja. No entanto, o evangelho é boa nova, é domínio de Deus sobre a totalidade da vida humana. Onde há necessidade de perdão, palavras de consolo; onde há problema de alcoolismo, de drogas, de violência contra a criança, contra a mulher, falta de trabalho, de abuso dos direitos humanos, de exploração dos mais fracos, enfim, aí a igreja tem que atuar. Na prática, é irrelevante perguntar o que vem primeiro. Mesmo as obras realizadas por Jesus foram rejeitadas, muitas vezes. Na verdade, nem o ver nem o ouvir necessariamente produzem fé. Tanto a palavra como à ação apontam para o Reino, mas ninguém pode dizer: “Senhor Jesus!” senão pelo Espírito de Deus (ICo.12:13) 
           
Missões e contextualização. 
Há três modelos de contextualização no texto de (Fl 2:1-18) que demonstram a importância da humildade para nossa missão de levar o verdadeiro Evangelho ao mundo.

           

1. O Modelo de Jesus

            Jesus é o supremo exemplo da humildade na contextualização. Ele é Deus, mas abriu mão de todos os Seus direitos para poder completar a Sua missão. Tomou a forma de homem e, em obediência ao Pai, submeteu-se à morte na cruz, a mais degradante e penosa morte possível, sinal de maldição. A Sua identificação era completa no sentido de compartilhar a vida cotidiana, da comunicação eficaz e do sacrifício em favor dos outros. Jesus tomou nosso lugar (Gl 3:6-13) como servo do Pai, dos homens e das mulheres que Ele veio resgatar da condenação. Paulo exorta a igreja para ter este mesmo sentimento de se humilhar como Jesus o fez (vs. 5).

2. O Modelo de Paulo

            Este apóstolo entendeu a importância do exemplo de Jesus na sua própria contextualização missionária. Ele vivia para servir a Deus e aos outros. Não tinha sacrifício grande demais para ele no cumprimento do seu ministério em levar o Evangelho e plantar igrejas entre judeus e gentios (vs. 17). O sacrifício de Paulo fica claro no relato de (At 16:11-40) sobre a sua contextualização em Filipos. Chegando lá, logo foi procurar o lugar onde tinha abertura com os judeus e os tementes a Deus. A mulher rica, Lídia, atendeu o apelo da fé em Jesus e foi batizada com a sua família. Depois, uma jovem possessa foi liberta possivelmente se integrando ao grupo. O preço deste milagre foi alto para os missionários. Foram açoitados e levados à prisão, onde, colocados no tronco, não se indignaram ou reclamaram seus direitos, mas cantaram louvores a Deus. O sofrimento por causa do Evangelho levado à jovem e aos outros ouvintes não sufocou o louvor e a fidelidade destes servos do Senhor. Paulo e Silas sabiam estar presentes, achar portas abertas, evangelizar de forma relevante e levar as pessoas à fé e ao discipulado, sem medir conseqüências pessoais.

             3. O Modelo da Igreja

            Além de Jesus e Paulo, há um terceiro modelo de contextualização, que é a igreja recém-formada. Após a libertação milagrosa da prisão em Filipos, Paulo e Silas levam o carcereiro à fé em Jesus que também é batizado com a sua casa e se tornam membros do grupo de crentes em Filipos. Há, então, uma igreja nova, feita de uma mulher rica e um carcereiro, com suas respectivas casas (que incluía filhos, escravos e servos), mais uma moça que tinha sido endemoninhada. É a esta igreja que Paulo roga para ter unidade – rico com pobre nobre com funcionário, crianças e jovens com adultos, senhores e escravos. É através desta igreja que o mundo descrito como “geração pervertida e corrupta” (vs. 15), tem que ver a diferença que Cristo faz nas vidas e na comunidade cristã. Elas não podem ser iguais ao mundo, mas “luzeiros” que resplandecem no escuro que as cerca. Em nenhum momento devemos entender a contextualização de Jesus, dos missionários ou da igreja como identificação com o mundo. Houve profunda identificação com pessoas, inclusive identificação sacrificial, mas não incluía adotar os costumes pervertidos da cultura. A igreja era tão diferente que a glória de Deus brilhava através das suas vidas e dos seus relacionamentos como se fosse uma estrela no escuro da noite. (At 2:42-46). Não estarão fechados dentro de quatro paredes, mas, com humildade, unidos em amor. Juntos mostrarão a diferença que Cristo faz na vida daqueles que realmente O aceitaram como Salvador e Senhor das suas vidas. 

Teologia Pastoral / Administração Eclesiástica

A importância da família no ministério pastoral
            A família é de suma importância no exercício do ministério que Deus nos confiou; cabe a nós darmos à devida importância à mesma, para que tenhamos um ministério não censurado (manchado).
1. Uma família bem sucedida fortalece muito nosso ministério:
• Casamento e ministério se completam mutuamente; 
• Um líder sem um casamento sólido nunca poderá exercer o cargo com a segurança que a unção lhe exige;
• Nenhum sucesso na vida compensa o fracasso no lar. 
2.  A importância de ter uma declaração de missão familiar e viver de acordo com ela:
Mirem-se nos exemplos de:
> Josué - Eu e minha casa serviremos ao Senhor – (Js 24.14-16)
>Zacarias – um lar dentro dos padrões bíblicos – (Lc 1.76 ss)
>Timóteo – um lar inspirado na fé – (2Tm 1.5, 6) 
3. A família é importante no ministério, pois ela nos ajuda a manter nosso nível de resistência contra os ataques do maligno.

Nossa resistência depende de quão perto ou distante de Deus e de nossa família estamos – (Tg 4.1ss; Ec 4.9-12; Gn 2.24-26; Sl 128.1ss.)
4. A família é importante no nosso ministério, pois ela é a maior “faculdade” de ensino do mundo.
Na família eu aprendo o significado do amor; do perdão; da adoração; a construir o altar; é a coisa mais bela do mundo. Deus desejar restituir valores perdidos e destruídos na sua família, Jesus deseja estar presente na sua família. 
            Obreiro aprovado - 2 Timóteo 2:1-26 
            Tendo encorajado Timóteo a continuar no seu serviço de evangelista (2Tm 1:6-8,13-14), Paulo agora o exorta a encarar os sofrimentos deste trabalho, desenvolvendo as seguintes características do ministro fiel: 
            Mestre da palavra – Nisto notemos duas coisas importantíssimas:  
1.       A vontade de Deus que a mesma palavra se passe de uma geração para outra, (2Tm 2:2). Deus não quer que novas gerações ensinem coisas novas (Gl 1:8).
2.       O que é preciso em quem vai ensinar a palavra é fidelidade, não é eloqüência ou sabedoria própria (1Co 4:1-2). Quem se fortifica na graça de Deus e não no orgulho de homens ensinará apenas a palavra de Deus.
            Soldado, atleta, lavrador – O servo do Senhor precisa ser bem treinado e disciplinado para que possa alcançar os alvos de Deus. Como soldado, terá que sacrificar certos confortos e seus próprios desejos para conquistar o objetivo do seu capitão. Como atleta, terá de seguir regras, sacrificando a sua liberdade para receber o prêmio. Como lavrador, terá que trabalhar duro com muita paciência, para depois receber o fruto (2Tm 2:3-7). 
             Obreiro diligente – Enquanto muitos no mundo religioso se enrolam com questões de doutrinas de igrejas e teologia humana, o servo de Deus precisa se afadigar no estudo da palavra da verdade (2Tm 2:15). Quem busca contendas de doutrinas e segue toda ideia nova gasta seu tempo e corrompe outros com sua falta de confiança na simples palavra de Deus (2Tm 2:14, 16-19; Ef 4:11-14). 
            Vaso santificado e disciplinado – O servo de Deus deve disciplinar a sua própria vida, fugindo das coisas que não convêm, e seguindo as que o torna útil para serviço na casa de Deus (2Tm 2:20-23). Com a sua própria vida em ordem, o servo então deve exortar a outros, lhes ensinando a pura palavra de Deus com a esperança de que sejam convencidos a se arrepender e parar de servir o diabo (2Tm 2:24-26). 
            A disciplina na igreja 
            O exercício da disciplina na igreja ao lado da proclamação da Palavra e da administração dos sacramentos, uma das marcas que distinguem a igreja verdadeira da falsa. A igreja, às vezes, não segue os passos e objetivos de disciplina eclesiástica delineados na Palavra de Deus. Quando negligencia essa área, passa a abrir mão da identidade peculiar dos seus membros, perante o mundo. O resultado é que a autoridade na pregação e o testemunho do Evangelho ficam prejudicados. 
            A disciplina, exercida com amor, pelas razões especificadas na Bíblia e com os objetivos que ela prescreve, deve ser exercida na esfera pessoal e apoiada e compreendida quando já estiver na esfera do Conselho da Igreja, ou de outras autoridades superiores.  
            O perigo da falta de disciplina 
            Paulo, escrevendo à igreja da Corinto (1Co 5.1-13), alerta para os perigos que sobrevêm quando se é negligente na aplicação da disciplina.  
            Os passos ensinados pelo nosso Senhor Jesus Cristo, para aplicação em nossa vida comunitária, como membros da igreja visível, são esses: (Mt 18:15-20).  
            Passo 1 - Contato individual, pessoa a pessoa. Em (Mt 18:15).
            Passo 2 - Contato com dois ou três. Em (Mt 18:16).
            Passo 3 - Contato com a Igreja. (Mt 18:17).
            Passo 4 - Exclusão. No final do versículo 17 Jesus diz "...se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano"A recusa no atendimento às admoestações, a atitude de arrogância e desafio às autoridades, retratada em (2Pe 2.10-11 e Jd 7-8), devem levar o faltoso à exclusão da igreja visível.

Cerimônias cúlticas. (Santa Ceia, Batismo, Casamento, Consagração de Criança, Culto Fúnebre.)  

            Santa Ceia - Uma celebração memorial da morte e ressurreição de Cristo, instituída por Jesus em sua última ceia com os discípulos.  
            A Santa Ceia é o símbolo do Sacrifício de Cristo. O pão (corpo de Cristo) (1Co 11.24) e o vinho (sangue de Cristo) (1Co 11.25) são celebrados em memória do ato de sacrificial de Jesus Cristo. É celebrada normalmente uma ou duas vezes ao mês. Todos os membros que estão em comunhão com a Igreja (batizados em nome do Pai, do Filho de do Espírito Santo) participam, comendo o pão (sem fermento) e bebendo o vinho (suco de uva).  
             A ceia do Senhor foi instituída para simbolizar e comunicar seis importantes verdades: 
1º – Um memorial para lembrar-nos a verdade central do cristianismo –  a morte substitutiva de Cristo (vv. 24,25);
2º – A comunhão da igreja, o corpo de Cristo (v. 18);
3º – Um culto em que o crente examina seu andar com Cristo (v. 28);
4º – Um culto de gratidão pela salvação (v. 24);
5º – Um testemunho da morte de Cristo (v. 26); e
6º – Um culto de esperança (v. 26).

  Quem deve participar da Ceia do Senhor?  
Somente os que crêem em Cristo, como Senhor e Salvador, batizados, os que fazem um auto-exame de sua vida diante de Deus.
Como Cristo está presente na Ceia do Senhor? 
Transubstanciação (posição católica) - significa a mudança da substância do pão e do vinho na substância do corpo e sangue de Jesus Cristo no ato da consagração. Isto significa que esta doutrina defende e acredita na presença real de Cristo na Eucaristia.
            Consubstanciação (posição evangélica) – significa que o pão e o vinho se mantêm inalterados, ou seja, continuam sendo pão e vinho. 
Quem deve ministrar a Ceia do Senhor? 
     As Escrituras não apresentam um ensinamento explicito sobre a questão, cabe a nós decidir quem é sábio e adequado para assim beneficiar os cristãos na igreja. No Betel quem ministra a Ceia do Senhor, são obreiros provisionados e pastores licenciados ou ordenados.  
           

Batismo 
            FOI INSTITUÍDO COM AUTORIDADE DIVINA. O batismo foi instituído por Cristo depois que Ele consumou a obra de reconciliação e depois que esta recebeu a aprovação do Pai na ressurreição. (Mt 28:18). A grande comissão foi colocada nas seguintes palavras: (Mt 28.19, 20; Mc 16.15, 16): Nesta ordem repassada de autoridade estão claramente indicados os seguintes elementos:
            a) Os discípulos deveriam ir por todo o mundo e pregar o Evangelho a todas as nações, a fim de levar as pessoas ao arrependimento e ao reconhecimento de Jesus como o Salvador prometido;
             b) Os que aceitavam a Cristo pela fé deveriam ser batizados em nome do Deus triúno, como sinal e selo do fato de que tinham entrado numa nova relação com Deus e, nesta qualidade, estavam obrigados a viver de acordo com as leis do reino de Deus;
            c) Deveriam ser colocados sob o ministério da Palavra não meramente como proclamação das boas novas, mas como exposição dos mistérios, privilégios e deveres da nova aliança. Encorajamento aos discípulos, Jesus disse: (Mt 28:20). 
            A FÓRMULA BATISMAL. Os apóstolos batizavam em o nome do Pai e do Filho e Espírito Santo. A autoridade nos é vs.: (Mt 21:9; Mc 16:17; Lc 10:17). Os batizados tornavam-se Seu discípulo, isto é, entrava num estado de lealdade a Ele e de comunhão com Ele, (1Co 10:2; Ro 6:3; Gl 3:27). Deus se faz conhecido e que constituem a soma total de tudo quanto Ele é para os Seus adoradores. Interpretado sob esta luz, a fórmula batismal indica que, pelo batismo (isto é, por aquilo que é significado ou simbolizado no batismo), o participante é colocado num relacionamento especial com a auto-revelação divina, ou com Deus como Ele se revelou e revelou o que deseja ser para o Seu povo, e, ao mesmo tempo, torna-se dever imperativo viver à luz dessa revelação.
            Segundo (At 10:48), os que se achavam presentes na casa de Cornélio foram batizados em nome de Jesus, para indicar que foram batizados sobre a autoridade de Jesus. Esta fórmula já estava em uso quando a Didaquê (O Ensino dos Doze Apóstolos) foi escrita (c. 100 A.D.) 
            O BATISMO DE CRIANÇAS. É sobre a questão do batismo de crianças que se acha a mais importante divergência entre nós e os batistas. Estes afirmam, “que somente os crentes em Cristo têm direito ao batismo, e somente os que dão uma confiável prova da fé nele devem ser batizados”. Quer dizer que as crianças são excluídas do sacramento. Contudo, em todas as demais denominações elas o recebem. Vários pontos requerem consideração em conexão com este assunto. 
            a. Base bíblica do batismo de crianças. Pode-se dizer de início que não há nenhuma ordem explícita na Bíblia para batizar crianças, e que não há um único exemplo no qual se nos diga claramente que crianças foram batizadas. Mas isto não torna necessariamente antibíblico o batismo. O fundamento escriturístico do batismo de crianças acha-se nos seguintes dados:   
            A Bíblia se refere à aliança com Abraão diversas vezes, mas sempre no singular, (Ex 2.24; Lv 26.42; 2Rs 13.23), etc. Não há sequer uma única exceção a esta regra. A natureza espiritual desta aliança é comprovada pela maneira segundo a qual suas promessas são interpretadas no NT,  (Rm 4.16-18; 2Co 6.16-18), etc. Decorre também do fato de que evidentemente a circuncisão era um rito que tinha significação espiritual, (Dt 10.16; 30.6; Jr. 4.4; Fp 3.2),etc. E do fato de que a promessa da aliança é até denominada “o evangelho”, (Gl 3.8).  
            b. Objeções ao batismo de crianças. Algumas das objeções mais importantes ao pedobatismo  reclamam breve consideração.  
            1) A circuncisão era apenas uma ordenança carnal e típica, e, como tal, esta destinada a extinguir-se. Colocar o batismo no lugar da circuncisão é simplesmente dar continuidade à ordenança carnal. Ordenanças carnais que tais não têm lugar legítimo na igreja no NT. Atos marcam a transição do batismo com água para o batismo com o Espírito. Naturalmente, este argumento provaria que todo batismo, o de adultos e o de crianças, é ilegítimo. Não há base para por a circuncisão inteiramente ao nível das ordenanças carnais da lei mosaica. Pode-se admitir que a circuncisão adquira certa significação típica no período mosaico, mas eram primordialmente sinal e selo da aliança já feita com Abraão. Enquanto tipo, naturalmente cessou com o surgimento do antítipo, e mesmo como um selo da aliança, abriu alas para um sacramento incruento expressamente instituído por Cristo para a igreja e reconhecido como tal pelos apóstolos, visto que Cristo dera fim, uma vez por todas, ao derramamento de sangue referente à obra de redenção. À luz da Escritura, é inteiramente insustentável a posição segundo a qual o batismo se relaciona com o Reino, e não com a igreja, posição que, portanto, é judaica e não cristã. As próprias palavras da instituição condenam esse conceito, e o mesmo se dá com o fato de que, por ocasião do nascimento da igreja do Novo Testamento, Pedro exigiu dos que foram acrescentados a ela que fossem batizados. E se disser que Pedro, sendo judeu, ainda seguia o exemplo de João Batista, pode-se assinalar que Paulo, o apóstolo dos gentios, também exigia que os seus conversos fossem batizados, (At 1615, 33; 18.8; 1Co 1.16). 
            2) Não há ordem explícita para que as crianças sejam batizadas. Isto é perfeitamente certo, mas não refuta a validade do batismo de crianças. Deve-se observar que esta objeção se baseia numa regra de interpretação que os próprios batistas não seguem fielmente quando afirmam que os cristãos têm o dever obrigatório de celebrar o primeiro dia da semana como o seu Sabbath, ou seja, como o seu dia semanal de santo repouso, e que as mulheres também podem participar da Santa Ceia; pois estas coisas não foram ordenadas explicitamente. Poderia o silêncio das Escrituras ser interpretado em prol do batismo de crianças, e não contra? Durante vinte séculos as crianças tinham sido iniciadas formalmente na igreja, e o Novo Testamento não diz que isto agora deve cessar, ao passo que de fato ensina que a circuncisão não serve mais para aquela finalidade. O Senhor Jesus instituiu pessoalmente outro rito, e no dia de Pentecostes Pedro disse aos que se ajuntaram à igreja que a promessa era para eles e para os seus filhos, e a quantos mais o Senhor chamasse. A Bíblia ordena em algum lugar que as crianças sejam excluídas do batismo? Ordena ela que todos os que nascem e são criados em famílias cristãs professem sua fé antes de serem batizados? É mais que patente que não existem estas ordens na Bíblia. 
            São dois os principais modos de batismo cristão: 
  • Aspersão ou Efusão - batismo onde a água é borrifada ou derramada sobre o que é batizado.
  • Imersão - batismo em que o que é batizado deve ser mergulhado na água.

Casamento é uma instituição divina, e como tal, reconhecem que o casamento partiu do coração de Deus para os homens na terra, e só Ele é capaz de tornar um casamento bem sucedido. Deve ser realizado por alguém em nome de Deus esteja presente para abençoar o casamento, que seja celebrado sobre a Palavra de Deus e que os convidados sejam pessoas que concordem com a união.
            O casamento é a união de um homem e de uma mulher que constroem em comunhão e em amor uma vida comum.
            Não  é bíblico o casamento entre dois homens ou entre duas mulheres, tal fato constitui uma perversão o modelo de família instituído por Deus. Tal união é considerada imoral e iníqua.
            O casamento não acontece no dia da cerimônia, apenas começa nesse dia e necessita ser construído diariamente, é responsabilidade dos casados construírem uma relação sólida pelo ouvir e praticar de continuo da Palavra de Deus. Ele vela sobre a sua Palavra para cumprir e sempre se torna proteção espiritual, fonte de sabedoria e solução para todos os problemas na vida daqueles que nEle confiam. (Mt 7:24). 

            Consagração de Criança 
            Cremos na necessidade dos pais num ato de compromisso com a educação cristã  de seus filhos dedicarem ao senhor.  Zelando pelos:
            (1) princípios bíblicos estabelecidos ainda na antiga aliança e seguindo.
            (2) exemplo do que aconteceu ao próprio Senhor Jesus Cristo, a tradição da igreja primitiva, nós apresentamos as nossas crianças, num ato de dedicação a Deus; esta dedicação é ato dos pais, e